Oi geeente!!! Quanta saudade disso aqui!!!
Como estão as coisas??? Doidinha pra saber tudo, afinal são 5 meses desaparecida e muita coisa aconteceu nesse tempo.
Antes de contar o que aconteceu nesse período, quero mandar um graaande beijo para minha amiga
Cássia Matos que mesmo diante de minha ausência, nunca deixou de visitar meu Blog e deixar recadinhos carinhosos. Amiga, meu retorno, muito em parte, se deve a você e ao seu incentivo!
Voltando um pouquinho no tempo, mais precisamente em novembro retornei ao trabalho e desde então minha vida se transformou! Loucura total! Como já havia contado antes, trabalho numa Unidade de Emergência e a correria é constante de 10 às 19hs (só na teoria, pois nunca consigo sair no horário...), se acrescentar o tempo que levo para me arrumar e o tempo do deslocamento... Peraí, o dia tem SÓ 24hs??? Cadê o tempo para AF??? É isso mesmo, amigas, AF até hoje nada! Chego em casa por volta de 20:40hs mortinha! Só quero saber de banho e cama! A boa notícia – depois eu conto direitinho – é que algumas mudanças estão por acontecer lá no hospital e aí as coisas vão entrar nos eixos – se Deus quiser! Aliás, só estou conseguindo retornar ao Blog hoje, depois de tantos ensaios, porque tem um surto de Conjuntivite lá no Hospital e euzinha aqui não fiquei de fora – 5 dias de repouso forçados, e mesmo com o olho inchado e doendo não posso negar que eu adorei, rsrsrs. Só assim posso contar tudo pra vocês com calma. Então, vamos ao que interessa!!!
Antes de retornar ao trabalho, passei pela perícia médica e voltei cheia de restrições, “não pode pegar peso, não pode fazer movimentos finos e de pinça, não pode escrever, não pode... não pode...” – alguém já viu algum enfermeiro fazer alguma coisa diferente dos não “pode” acima? Resultado: durante 60 dias fui “remanejada” de função – no papel porque na prática eu continuava fazendo meu trabalho normalmente, afinal de contas não queria que nenhum colega me carregasse nas costas – como pude ouvir por diversas vezes. De todas as restrições a única que evitei ao máximo foi a questão do peso, até porque não conseguia, e por essas e outras minha mão doía constantemente e vivia inchada. Pra dar conta e evitar uma nova licença aguentei à base de antiinflamatórios e bolsas de água quente antes de dormir – pra conseguir dormir. O tempo passou e hoje, graças a Deus me sinto quase 100% recuperada – ainda sinto dor de vez em quando, mas já não me incomoda tanto.
Nesse período também, acompanhei minha cunhada, que foi diagnosticada com câncer de pulmão em maio do ano passado e vocês puderam acompanhar nossa luta durante o tempo que estive por aqui. No final do ano após exames descobrimos metástases no cérebro e na coluna e ela raramente se levantava da cama por causa da dor. Como todos os anos passávamos o Réveillon juntas, dessa vez não poderia ser diferente. Todos os anos fazíamos festas maravilhosas na cobertura dela e assistíamos aos fogos da Pampulha de lá mesmo, dessa vez assistimos aos fogos da janela do quarto dela e eu sabia que seria nosso último Réveillon juntas. Fizemos um jantar com tudo que ela gostava – ela não conseguiu sentar-se à mesa então ficamos no quarto mesmo. E ela sempre guerreira acreditando na sua cura. No começo de janeiro ela teve uma trombose, foi hospitalizada, pedi licença no serviço e durante os últimos 02 dias em que ela teve uma piora significativa e que os médicos a desenganaram estive constantemente ao seu lado – pra vocês terem idéia, quando soltava a mão dela pra ir ao banheiro ela me chamava. No dia 26 de janeiro depois de muita luta e sofrimento minha cunhada faleceu segurando minha mão e dizendo que o anjo da guarda dela – eu – não a deixaria morrer. Podem imaginar como me senti...
Como ninguém mais tinha condições de resolver nada, escolhi tudo – urna, flores, mensagens... Deus me deu muita força.
Hoje prefiro pensar que ela descansou e que eu fiz tudo por ela que estava ao meu alcance. Sofri muito e ainda sofro até hoje. Na verdade, ainda tenho a sensação que ela vai chegar chegando a qualquer hora, como ela sempre fazia. Ainda dói muito!
Aiai, mudando de assunto, que é pra não desidratar, vocês devem estar se perguntando: e a RA? O peso? Bem, amigas, essa é uma parte boa. AF vocês já sabem que ainda não consegui iniciar. RA anda meio assim, assim... Viajei no carnaval, e praia com dieta vamos combinar que não combina, srsrs. Mas uma coisa boa a correria do hospital tem me feito, tenho me alimentado mais corretamente e se não consigo comer de 3 em 3 horas, também não tenho ficado muito tempo sem comer. Resultado: emagreci, gentemmm.
Estou pesando: 67,500kg - no total já se foram 12,500Kg acreditam?
Vou já já atualizar minha barrinha – será que ainda me lembro como se faz? rsrsr
Ai gente, ainda tenho muitas outras coisas pra contar, mas por hoje vou ficando por aqui – depois deste testamento, pois tem um montão de gente que quero visitar e dizer que “eu to viva, gente, e voltei com tudo!” Sei que não conseguirei postar com tanta freqüência mas estarei aqui sempre que conseguir!